Reciclando o Snob

por Ana Farias

Olha, conheço um tanto de gente que foi na ondinha do Snob e se arrependeu.

A verdade é que não é um batom que fica legal em todo mundo - por isso eu não acho legal essa coisa da gente eleger um batom tem-que-ter só porque viu na amiga, porque pra gastar dinheiro com um produto supérfluo (e caro) que você não vai usar todo dia, a ordem é primeiro experimentar pra ver se rola, né? E se não rolar, paciência, outras cores virão.

Outro dia a Claudinha Pimenta tava me contando uma cena recorrente ainda hoje, meses e meses e meses depois do boom do rosa chiclete: um tanto de gente entra na MAC, pede o Snob, a vendedora diz que não tem, a pessoa agradece, vira e vai embora, sem sequer dar uma olhada nos outros 847536728234739 batons que existem na loja.

A questão é que eu não comprei o batom na época. Eu tinha um lápis rosinha chiclete da Tracta (já falei dele aqui e acho que saiu de linha mesmo), e achava que tava de bom tamanho. Mas a Rê Sabino tinha ganhado ele (até num concurso aqui do blog), e nela não ornou. Ela até insistiu um pouco, mas o trem ficou lá encostado, e tem uns dois meses que ela acabou me perguntando se eu queria pra mim.

Eu adorei. Não sei qual foi a química com a minha pele, mas gostei pra caramba. Eu ficava naqueles preconceitos, é batom pra garota novinha, é batom pra quem é branquinha... enfim, revi total os meus conceitos.

Só tem um porém, é o batom mais difícil de se fotografar da face da Terra. Tirei foto com vários tipos de flash, mas ainda acho que não ficou igual. Ele é um rosa frio, como vocês sabem, mas em mim ele não fica tãããããoooo frio - por isso que eu acho que deu certo, porque eu não sei se ficaria bem se o resultado fosse ice ice baby.

Gosto muito dessa textura seca dele, do fato de não ter brilho, enfim, eu amei muito mesmo. Mas não é todo dia que a gente tá afim de sair toda rosa pela rua, né. E eu sempre quis um batom lilás, já desisti de gastar dinheiro comprando em catálogo e net, porque o batom nunca era lilás de verdade, era sempre uma versão de rosa. Aí um dia eu pensei, e se eu jogar um roxo em cima do Snob, igual quando fiz meu esmalte lilás?

Aí eu encontrei a cor que eu procurava, um batom lilás friozinho:

Novamente em várias luzes diferentes, mas é a mesma misturinha. Fiz com um batom luuuuxoooo que eu tenho, o Sensual Glam, da Versace. Ele é um roxão mate com textura seca também, então acho que casou perfeito. Comprei ele no Strawberrynet numa promo, foi bem baratinho.

Na hora de misturar, só tem que dosar bem, pra não ficar muito escuro.

É só passar o Snob na boca, depois usar um pincel pra lábios (o da foto é do Boticário, acho que é meu preferido, e é bem barato também) pra aplicar o batom roxo. Vá sempre passando o excesso num lencinho, pra não escurecer. Uma ou duas passadas de roxo em cima do Snob já dão o tom lilás.

Claro que eu tô falando do Snob, porque é uma compra da qual muita gente se arrepende. Mas na verdade dá pra fazer o batom lilás com qualquer marca que você tenha.

É só usar um rosinha chiclete e um roxo.

Eu agora só quero tirar um tempo pra fazer um batom mesmo, misturando dois pedaços das balas e colocando numa paletinha. Porque né, chatão ter que ficar carregando dois batons e retocando desse jeito. :)

E aí, quem tem o Snob e se arrependeu, gostou da dica ou também não gosta de batom lilás? rs

Ana

ps: gente, só um detalhe, quando a gente passa batom pra frente, ou ganha, não deve deixar nunca de higienizar a bala, é claro. Eu sempre coloco o batom num copo com álcool, daí tiro e limpo a bala toda com um lenço de papel. Isso a gente deve fazer com qualquer mostruário também. Na verdade o ideal mesmo é nunca passar o batom direto na boca, né, usar sempre um palitinho daqueles de mexer café, por exemplo. Mas quem é que tem tempo/paciência pra fazer isso com as próprias coisas? Eu não.