Preço e durabilidade – Falando sobre Maquiagem
Categoria(s) colaboração, compras |
por Vivi |
Antes de qualquer palavra, queria deixar claro para todas vocês que de maneira nenhuma esta minha coluna pretende moldar os comportamentos de alguém, ou ditar o que deve ser feito, o que é certo e errado e etc. Muito menos julgar alguém por nenhuma de suas características. Estou aqui apenas para dividir minhas experiências e torcer para que elas ajudem alguém!
Fico muito triste quando vejo meninas (e mulheres!) enlouquecidas por um produto só porque alguma celeb usou, ou porque alguém indicou e disse ser milagroso, ou ainda somente porque está na moda. Sim, você pode achar legal e se interessar por algum produto de celeb, que alguma amiga ou formadora de opinião indicou e também porque está na moda. Mas nunca consumir somente por este motivo.
Cada produto foi desenvolvido para um tipo de pele/cabelo/cor/etnia/etc. E muitas vezes aquele produto importado que você cobiça pode ter muito óleo na composição e não ser tudo o que você sonhava, pois não foi desenvolvido para seu tipo de pele/estilo de vida.
Há também é possibilidade de, simplesmente, ele não ficar bem em você (uma cor de batom, de sombra, uma peça de roupa, um modelo de sapato).
Aprender a experimentar sempre que possível e prestar mais atenção ao benefício do que à embalagem dos cosméticos em geral é um exercício, e, se você quiser melhorar, deve praticar.
Mulher é bicho bobo (heh) e disso todas vocês sabem; compramos pela beleza, porque é bonito, agradável. Mas podemos também nos colocar um limite, cada um tem o seu. Eu não posso definir até onde você pode ir, somente você, e é claro, se você quiser.
Mas aonde será que eu quero chegar?
Vemos o mundo falar sobre sustentabilidade, em economizar recursos, e você amiga, tá aí, acabando com todos os seus recursos por um Blush Chanel. Não estou dizendo que não vale a pena, de maneira nenhuma, é apenas um exemplo.
Vamos por partes:
Devemos analisar friamente a necessidade daquele produto. Podemos aplicar isso a qualquer produto, não somente maquiagem. Faça um inventário das maquiagens (ou roupas/sapatos/bolsas/lingeries), isso te ajudará – e muito! – a ter um maior controle sobre as compras de impulso, evitando gastos desnecessários e o pior: desperdício.
Se você detecta a necessidade real daquele produto, inicia-se então a fase do “namoro”. A pesquisa de marcas, cores e tipos disponíveis no mercado. Essa é a fase para descobrir o produto que melhor se adequa às suas necessidades e possibilidades.
É muito importante se conhecer bem para fazer uma boa compra. Conhecer sua personalidade, seu estilo de vida, seu tipo de pele, suas preferências, etc. Fuja da “auto-sabotagem”, aquela de comprar um iluminador lindo que está em oferta sendo que você não gosta de brilho e sabe que não vai usar.
Uma técnica que eu utilizo bastante é iniciar pela pesquisa na web, em blogs de confiança, sites de marcas e comparadores de preços. Também comento com amigas que tem o mesmo perfil que eu, para comparar produtos.
Depois vem a fase da experimentação. Raramente compro algo sem experimentar. Aqui em São Paulo, a facilidade de encontrar lojas físicas para testar produtos é grande, por isso vou até o bairro da Liberdade, onde há várias lojas grandes de cosméticos e tiro todas as minhas dúvidas. Se o preço valer a pena, compro por lá mesmo (ou em uma loja específica de um shopping). Se não, volto para casa e compro pela internet.
Taí outra grande virtude do bom comprador: a paciência. A ansiedade de ter um produto a qualquer custo pode te trazer muito prejuízo.
Ah, mais! Se o produto for muito caro e tiver similares mais baratos, ou analiso os similares, para decidir se vale a pena comprar o similar, se a qualidade é justa pelo preço.
Existem casos nos quais a durabilidade do produto é grande, como é o caso de uma sombra, por exemplo. Se a mais cara tiver qualidade muito superior à similar, vale a pena o investimento, pois é algo que vai durar mais. Ou se aquele batom tiver uma cor incrível que você não consegue encontrar em outro lugar (como é o meu caso de amor com o Ruby Woo da MAC).
Lembre-se que tudo depende da freqüência que você utiliza os produtos, ok? A base da minha mãe dura bem menos que a minha, já que ela usa todos os dias.
Se você conhece um produto importado de quegosta e tem a oportunidade de comprar no exterior ou pedir para algum parente ou amigo trazer, faça isso! Mesmo sendo considerado coisa de “emergente” (rs) comprar em viagens vale muito a pena, pois são descontados os quase 40% de impostos que pagamos aqui em terras tupiniquins.
Agora, muito cuidado se você não conhece o produto: Você pode se decepcionar bastante, perder dinheiro e ainda deixar encostado com dó de dar para alguém.
Assim, a prática de desapego é fundamental se você quer se sentir mais leve e responsável. Se você não está usando no momento e nem pretende usar no futuro, porquê guardar? Para estragar (no caso da maquiagem) e ter que jogar fora? Ou no caso de roupas e sapatos para ficar mofando no armário. O desapego de coisas inúteis pra nosso momento atual traz libertação e organiza melhor a vida, faz a energia fluir.
Um grande beijo e até mais!
Gabriella Squizato - Colaboradora de Beleza