Possuía Maya Super Poderes?
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por Ana Farias |
Garotas, esse espaço não é pra isso, mas pre-ci-so dividir essa dúvida com vocês. É tipos existencial.
Já faz um bom tempo que parei de ver a novela das oito. Primeiro porque tinha outras coisas bem melhores pra fazer no horário, segundo porque já tava de saco cheio de indiano dançando, da Norminha dando leitinho pro Abel, da música da Yvone, do Osmar Prado dizendo que engolia o peixe mas não engasgava com a espinha, e, principalmente, daquela secretária dizendo jesusmeabana e mostrando pro Laranjinha (ou é o Acerola?) a roupa que tava usando na realidade virtual. Isso só pra citar algumas coisas irritantes.
Mas, assim, Glória Perez é isso desde sempre. Pode até ter sido a primeira vez que ela abordou o tema, mas esquizofrenia é coisa recorrente no texto da autora. E, atriz de novelas dela eu fosse, muito constrangida me sentiria o tempo todo. Aliás, vamos combinar, senti vergonha alheia vendo Caminho das Índias várias vezes.
Daí que só voltei a assistir anteontem porque alguém me contou que eram os últimos capítulos, e sempre vejo últimos capítulos de novela das oito. Vi até os de América. Ora bolas, vejo até os das novelas do Manuel Carlos (no caso dele, dica pra vida: vejam apenas as duas primeiras e as duas últimas semanas e os três últimos capítulos, que dá pra acompanhar toda a ação de dez meses de histórias no Leblon).
E esse capítulo final nem foi nada de especial não, tirando a cena da separação da Maya e do Pequeno Krishna, porque aí eu preciso admitir que chorei. E já que tô pagando mico falando isso, admito que toda vez que tocava aquela musiquinha instrumental triste da Índia e passava o Hari levando trolha de alguém, todo desprezado, eu chorava pra caramba também, gritando baixinho dentro da minha cabeça que injustiiiiiçaaaaa.
Mas tem uma cena que foi tão surreal que eu acho que nem aconteceu. Tô pensando na possibilidade de estar tão entretida imaginando o Raj todinho pra mim, que perdi alguma coisa. Sacam quando a gente se dá um auto-perdido? Aquele branco repentino? Porque não consigo entender. Não faz o menor sentido. A única coisa que faz menos sentido do que aquela cena é esse post.
Além disso hoje eu bebi. Muito. Então pode ser que tenha mesmo apagado achando que tava vendo novela. Vai ver eu acordei acreditando que tenha visto a cena. Ou vai ver que eu ainda estou dormindo, sonhando que estou escrevendo esse post. Ou whatever.
Bom, quem viu o último capítulo sabe do que eu tô falando.
A Maya tava de branco-viúva em Varanasi, o Raj tava "morto". A Maya chorando aos pés do imundo Ganges, inexplicavelmente com a cabeleira intocada (depois de ter sido avisada que seria "a próxima" a cortar os cabelos - alo-ou, capítulo de quinta!!!), o Raj, filho mais do que bom, deixando a família inteira acreditar que estava morto só por causa de um detalhesinho bobico de nada (não ser o verdadeiro pai do Niraj "Pequeno Krishna" Ananda).
Maya com aquele olhar mais sedutor do que nunca (not, hoje deu até medo, pra ser sincera). Do nada, aparece o Raj (como aliás aparece em todos os meus sonhos: toda aquela beleza máscula muito apreciada nas telenovelas brasileiras), caminhando em direção à Maya. Maya pára de chorar. Vê Marido voltando da Terra dos Pés Juntos. Sorri. Raj vai em sua direção. Maya de branco-viúva, não se esqueçam do detalhe. Continuo olhando pra Maya. De branco.
Pisco.
Eis que aparece a Maya no mesmíssimo lugar, mesma cena, mesmo marido ex-morto, mesmo rio nojento, mesmo tudo. Só. Que. Totally. Montada.
Gente, ela trocou de roupa, colocou jóias e se maquiou enquanto eu piscava? Tipos, pisquei UMA VEZ. Perdi alguma coisa? Alguém mais viu? Existe explicação? A Maya tinha poderes e eu perdi essa info enquanto fazia outras coisas ao invés de assistir novela?
Primeiro pensei que fosse ela lembrando, ou imaginando. Ou ele. E fiquei esperando pela emoção da cena (que tô esperando até agora, aliás. Marido ex-mortooooo!!! Você não sorri, você DESMAIA!).
Mas a roupa não voltou a ficar branca, a Juliana Paes não voltou a ficar "viúva" nem naquela cena, nem na seguinte. A roupa surgiu de onde? Colocar sári demora, tô errada?
São tantas perguntas. Estou confusa. Alguém sabe me explicar o que rolou? Ou foi só mais um Tião-desce-aos-infernos-e-encontra-o-touro-Bandido na história da dramaturgia brasileira?
Help.
Má
ps1: e nem vou falar da Maya chegando na casa dos Ananda com o Raj, revendo o filho e sorrindo pro sogro como se NADA tivesse acontecido, e nem sobre esse vai-e-vem final pra Varanasi, porque aí já seria querer verossimilhança demais. Mas gente! Como ela tava de branco e depois tava de deusa Lakshmi no intervalo de um piscar de olhos? Não foi só "um momento" dos dois, foi pura mágica hindu! Nadaentendo!
ps2: desculpaê, Vivi. Eu sei. You just don't care!
ps3: lembram desse post? Oooownnn...