Historieta pra matar o tempo
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por Ana Farias |
Eu moro longe pra caramba, né. Já disse pra vocês que minha localização geográfica dentro do estado do Rio de Janeiro gerou uma piada entre as amigas cariocas. Algo sobre eu morar na Terra Média, e tals. Se bem que o mais próximo do Aragorn que eu tenho aqui é um vizinho muito muito muito gato, conhecido como o Adônis da praia - mas o indivíduo, apesar de muito muito muito gato, é beeeem mais novo que eu também, então é só pra olhar hipnotizada e ficar gaga e segurar a respiração quando ele passa perto mesmo.
Mas comecei dizendo isso pra contar uma coisa que eu sempre faço, e que semana passada me rendeu uma história engraçada.
É que, além de morar longe, aqui é quente, né. E úmido. Como disse o Denis, maquiador da Dermage, no último encontrinho, o Rio é uma cidade maravilhosa, que Deus abençoou e o Diabo meteu fogo.
E além de morar longe da civilização, e num lugar quente, eu ainda suo pra caramba na cabeça. Sério, é um nojo. Eu suo demais mesmo, tanto que digo que odeio certos lugares (Lapa, quadra de escola de samba, praia, pé sujo, qualquer coisa ao ar livre), justamente porque sei que vou suar três litros - e não tem quem segure a postura de uma pessoa quando ela se transforma na cabocla vermelha no meio da galera, né.
Aí que eu nunca, jamais, em tempo algum, saio de casa maquiada. A não ser que esteja de carona (ah, é, porque ainda tem essa, não dirijo porque tenho medinho, e sou dependente de transporte público). O que eu faço é tratar a pele, e, no trajeto pra vida, começo a me produzir. Primeiro passo um lencinho, espero a temperatura do corpo ficar normal, e aí sim, o make.
Então que outro dia tô indo prum lanchinho de aniversário no Rio. No fresquinho do ar condicionado, coloquei minha nécessaire giga no colo, e comecei todo o processo: lencinho anti-oleosidade, corretivo, base, mais corretivo, pó, sombra iluminadora, sombra pro côncavo, sombra pro cantinho externo, lápis, rímel, blush, batom, mais pó, ufa...
E bem quando eu tava sem a menor dignidade, assim, sem a menor dignidade MESMO, passando base no cantinho do natiz, sabem como, só ouço a voz da menina que tava do meu lado:
- Você é do Trendy Twins, né?
Dei aquela geladinha, olhei pra ela, fingi que nem tava constrangida, que é o melhor a fazer nessas situações. Ri, dei uma brincada, e continuei minha empreitada ainda durante uns 20 minutos.
Gente, isso super me lembra de quando eu era professora, e não podia dar um passo em falso nessa vida de Niterói, onde todo mundo te conhece ou conhece alguém que te conhece. Sempre me pegam assim, meio que com a boca na botija! 8)
Aiai.
Assim, só historinha pra matar o tempo enquanto crio coragem pra terminar de arrumar o armário. Faxina de fim de ano, sabem como é...
Má
ps: esse lance de passar lápis e rímel dentro de carros em movimento, meninas, muita calma nessa hora, hein! Sempre espero o sinal fechar, e fico prestando uma atenção redobrada em tudo que está acontecendo em volta. Porque numa batida, freada ou arrancada, olha o perigo!